quarta-feira, 30 de agosto de 2017

INFIÉIS AMIGOS...


  (Advogado do diabo)

D`Gáudio Procópio  
9ª Edição - Piauí

Um amigo que se dizia amigo
Apunhalou-me traiçoeiramente.
Na calada das palavras, cujas palavras
Acreditava eu, seriam legítimas e fiéis
Veio ele com sua áspide afiada e voraz
Dizimando ainda mais minha crença
Nas pessoas: homens que se dizem...

Ah! Infinita crueldade e falsidade letal!
Homens e déspotas inconcebíveis
Constituídos de fragmentos torpes,
Podres e infrutíferos para o bem.

Não se pode confiar nem podemos
Acreditar nas fábulas das palavras:
Palavras inconfiáveis e variáveis da fé
Que põe em xeque a fé dos seres mortais.

Um amigo que se dizia amigo
E que amigo! Promíscuo e dúbio.
Por tantas e todas difíceis horas
Que vagamente se portava íntimo.

Infiel amigo, que se dizia amigo!
Em quantas e quantas badaladas
Afetarás meu coração já fragilizado?
Decerto que não terás dor nem pesar.

Arranca-me o coração e também
A fé que detinha eu nos homens
Amigo infiel! Infiel amigo!
Sangra-me traiçoeiramente.

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