Silvano Lyra - O Poetizante
2ª Edição - Pernambuco
Francisco Maia Queiroz
Era o mesmo Louro Branco
Sobre a grandeza sou franco
Versando foi uma foz
Como a vida é sem retrós
Em Jaguaretama mora
Vila Feiticeiro aflora
Nascituro desse artista
Louro Branco o repentista
Sem avisar foi embora!
Dois de setembro nasceu
Quarenta e três foi o ano
No Vale Jaguaribano
O Louro Branco cresceu
Ceará nos concedeu
Vate para o mundo afora
Cada repente e sonora
São luzeiros na conquista
Louro Branco o repentista
Sem avisar foi embora!
Dizer tudo sem pensar
Como se pensasse em tudo
Mesmo em baião carrancudo
Foi fera ao improvisar
Pôs trocadilho a bailar
Sendo arrebol ou aurora
Nesse tributo de agora
Sem ser dançante essa pista
Louro Branco o repentista
Sem avisar foi embora!
Suspiros ele arrancava
Quando lorota dizia
Conhecimento se via
Até quando ele brincava
As besteira que soltava
Jamais usou como escora
Mesmo humorista em outrora
Foi-se no topo da lista
Louro Branco o repentista
Sem avisar foi embora!
Criativo até demais
Astro sem comparação
Um bamba na interação
Com o seu tempero a mais
Palma e platéia aliás
Entrava em sua sonora
Um que quando quer deflora
Pondo risos na conquista
Louro Branco o repentista
Sem avisar foi embora!
Ele tinha como um crente
Pretensões celestiais
Nos seus suspiros finais
Manteve isso consciente
Apesar de irreverente
Não considero ele fora
Pois o Deus que monitora
Não apaga os seus da lista
Louro Branco o repentista
Sem avisar foi embora!
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