segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Capa de Setembro 2017

Desde 2015

BIOGRAFIA DE SEVERO D’ACELINO 

Severo D’Acelino, José Severo dos Santos, Sergipano de Aracaju, nascido em 03 de outubro de 1947, filho de Acelino Severo dos Santos e Odília Eliza da Conceição, neto de Mãe Eliza de Aiyrá. Casado com Maria José Dias Porto Severo dos Santos, Pai de Obanshe e Iyanzamé Severo D’Acelino e Porto.

 Severo D’Acelino, apesar de não ter formação teórica concluída (egresso das Universidades Federais de Sergipe e da Bahia), é Poeta, Dramaturgo, Ator, Compositor, Contista, Pesquisador, Conferencista, Coreógrafo e fundador do Movimento Negro contemporâneo de Sergipe (1968), Bahia (1973) e Alagoas (1980). É Ativista dos Direitos Civis, Militante do Movimento Negro – Fundador e Coordenador Geral da Casa de Cultura Afro Sergipana, Ex-GRFACACA (1968). Atuou como Conselheiro Estadual de Cultura de Sergipe. Participa do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e do Instituto Nacional de Tradições e Cultura Afro Brasileira. É Oni Odé do Iylê Ashe Opô Aiyrá.

Atuou com diretor em: Navio Negreiro, Vozes D”África, De Como Revisar Um Marido Oscar, Terra Poeira In Cantus, Algemas Partidas;, Save Our Sur; Dança dos Inkices D’Angola, Água de Oxalá, Iybó Iná Iyê, Suíte Nagô. Como Ator, protagonizou no cinema o personagem Galanga Gonguemba Iybiala Chana, conhecido por CHICO REY . Atuou como Candelário em Espelho D’Água e como Alfredão, no Seriado Tereza Baptista Cansada de Guerra . Produziu e dirigiu o Documentário etnográfico: Filhos de Obá, apresentado no Congresso Internacional de Culturas Negras das Américas, África e Caribe . Atuou na novela Velho Chico (2016), como o Capitão Etóle.

 Como escritor e poeta, Severo é autor de diversas monografias sobre a temática afroindígena com ênfase na cultura popular e religiosa sergipana. Editou o Jornal IdentidadeS, veículo de transformação e divulgação do conteúdo afro sergipano com o instrumento de debates coletivo sobre as nossas Questões e Condições, divulgando as grandes contribuições dos nossos pesquisadores e intelectuais sobre a temática.

 Livros publicados e no prelo: Panáfrica África Iya N’La, Quelóide , Visões do Olhar em Transe, João Mulungu, Mariow – O Terreiro de B’A Emiliana, A Influência do Negro na Cultura Sergipana, Literatura Negra e o Negro na Literatura, Opará Revisitado.

Como palestrante, conferencista e pesquisador, realizou diversos Cursos, Conferências e Palestras nas Escolas, Comunidades de Terreiros, Associações de Moradores, Faculdades, Organizações Militares e de Segurança, Comunidades Remanescentes de Antigos Quilombos, apresentado diversos projetos e temas em Seminários, Conferências Estaduais, Internacional e Congressos a níveis Nacionais e Internacionais, além de oferecer aos legislativos Municipais e Estadual diversos Projetos de interesse do coletivo afro negro sergipano, no âmbito dos Direitos Humanos, Religião, Arquivo Humano e Educação.

Dentre os projetos mais importantes de Severo, destaca-se o “Projeto Cultural de Educação João Mulungu vai ás Escolas” onde intinerantemente difunde nas Escolas a importância do Negro e suas Culturas na formação da Cultura Sergipana, através da cultura local e para tanto, produziu diversos Cadernos Pedagógicos sobre o tema e os Cadernos Diversidade Etno Históricos e Culturais dos Municípios, dando ênfase ao Negro e ao Índio, repensando a educação regionalizada, bem como o Livro de Teste Metodologia da Educação Inclusiva, prefaciada pelo expoente da cultura sergipana, LUIZ ANTÔNIO BARRETO. Esse Projeto Cultural de Educação, na sua última edição, atingiu 48.789 mil participantes em 16 municípios da zona sul e mesmo assim, foi politicamente retirado.

Como Conselheiro Municipal de Cultura e Conselheiro Nacional do Memorial Zumbí, lutou contra o Racismo em Sergipe. Ele continua desenvolvendo diversas ações no Legislativo na produção de Leis capazes de atenuar os conflitos decorrentes da falta de Políticas Públicas e dar visibilidade ao coletivo negro sergipano, com ênfase no preto e seu Arquivo Humano e Patrimônio Cultural, como o Tombamento do Terreiro Filhos de Obá, e o reconhecimento de JOÃO MULUNGU E QUINTINO DE LACERDA como Heróis Negros Sergipano. Severo D’Acelino é Autor dos Projetos de Inclusão da Cultura Negra nas grades das disciplinas do ensino fundamental e médio do Estado, uma votada pelo Conselho Estadual de Educação em 86 e outra votada pelo Legislativo Estadual em 1999.

Severo é contra a reserva de vagas para negros nas Universidades. Ele defende e luta para que o negro seja contemplado com a releitura da educação, onde a prática da metodologia inclusiva com conteúdos raciais, seja implementado em todas as disciplinas, no sentido da relevância do negro e suas culturas, na sociedade sergipana, como instrumento para atenuar o apartheid e combater o racismo, alimentado pelo Estado através dos seus poderes. Afirma ele que, lutar contra as adversidades é uma tarefa de inteligência e precisa de múltiplas estratégias para sobreviver e passar por cima das retaliações e dos ciúmes pessoais e coletivos.

Entre seus títulos e homenagens, destacamos: Título de Cidadão Laranjeirense, Bastião do Movimento Negro em Sergipe, pela Secretaria Estadual de Cultura; Diploma Memorial do Teatro Sergipano, Secretaria de Justiça de Sergipe; Troféu de Igualdade Racial; Medalha de Mérito Cultural Ignácio Barbosa, pelo Município de Aracaju; Troféu CURTA-SE; Medalha de Mérito Cultural, Prefeitura de Aracaju; Comenda Senador Abdias Nascimento, Assembléia Legislativa de Sergipe; Diploma de Mérito Acadêmico, Academia Riachuelense de Letras, Ciências e Artes; Título Ouro de Consciência Negra, outorgado pela Casa de Cultura Afro Sergipana;. Título de Cidadão  Marfinense.

As atuações de Severo D’Acelino em defesa do negro sergipano, através do Teatro, das Tradições Populares, dos Direitos Humanos, da Cultura e da Educação, continuam! Segundo ele, é a Resistência Negra que pede passagem e busca aliados na revisitação ancestral e radicalização nas práticas democráticas, na desconstrução dos mitos e revitalização da Identidade Etno Histórica e Racial.

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