8ª Edição - Sergipe
As pedras do meu abismo ainda não encontraram todos os lugares no fundo de mim. Elas buscam o melhor lugar para encanlhar, buscam o oculto, o silencio. Eterna busca! Penso que meus abismos são feito de medos, e minhas trilhas iluminadas pelo sonho do porvir.
Em noites, me visto no manto do desejo ardente das coisas “improvadas”, as que ainda não degustei com a ponta da minha língua ardente. Miro o longe, e se estou aos pés do mar, pesco alguma solidão latente no alvejar de uma jangada. E se me lanço à praia, imagino cardumes de saudades a nadar em meus oceanos intransponíveis.
Não sei que rumo sigo eu, nessa noite. Apenas perco-me à procura de uma palavra que enfeite uma frase. Bebo olhares, colho risos, oferto abraços, algum adorno capaz de traduzir os silêncios de mim.
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