Haender Rosa
6ª Edição - Minas Gerais
Carlos Drummond, eterno itabirano,
eterno mineiro, de 1902,
de pátria, brasileiro.
Tinha na família seus anseios constantes
tinha sempre na lembrança a sua cidade, filho de Julieta Augusta Drummond
e Carlos de Paula Andrade.
Gostava de ler, e não de estudar,
mas lia tudo que fizesse sua imaginação voar.
Gostava de andar a cavalo e do sobrado da família
que era em frente à Igreja do Rosário.
Neste sobrado, tinha uma escadaria
que era dentro do armário
que o levava ao sótão
onde brilhava a sua imaginação.
O seu pontal não mais existe
hoje lá, lava minério
e o quarto de “Carlito”, seu apelido
era o verdadeiro mistério
Fez estudos secundários em Friburgo
em Belo Horizonte cursou farmácia
também foi professor de Geografia,
mas, no fundo, o seu jeito era poesia
A sua vida inteira à Itabira dedicou
até em suas poesias de Itabira ele falou:
“Nasci em Itabira, por isso sou triste, sou orgulhoso,
Noventa por cento de ferro nas calçadas, oitenta por cento de ferro na alma.”
“A vontade de amar que me paralisa o trabalho vem de Itabira, de suas noites brancas sem mulheres sem horizonte.
E o hábito de sofrer, que tanto se diverte é doce herança itabirana.”
O trem maior do mundo puxado por cinco locomotivas, engatadas, desembestadas, leva meu tempo, minha infância, minha vida triturada.”
Seus poemas no Brasil só, não ficaram
o mundo inteiro percorreram
e muitas pessoas encantaram.
Disseram que ele foi namorador
deveras deveria ser!
atraiam as meninas, podes crer
muitos poemas do escritor
Com a morte de sua filha
Maria Julieta, ele sofreu
e dias depois, faleceu
Carlos Drummond um símbolo ou um mito?
Um mago de inveja dar.
“Um fazendeiro do ar.”
* Poema feito aos 15 anos em homenagem a Carlos Drummond de Andrade
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