quarta-feira, 31 de maio de 2017
PoeMário
Alexandre Lettner
6ª Edição - Rio Grande do Sul
Mário hoje quero rima pobre e infantil,
tipo: Mário, este mundo está precário!
Mário quem sabes tu estás escondido no baú de espantos,
ou quem me dera se teu velório fosse sem defunto...
Mário, vem, ressuscita
vem ser o messias deste tempo pobre e louco.
Tua Greta Garbo te espera com cigarros e canções antigas.
Vem ser o avô que meu filho não teve.
Sai das estantes e vem abraçar a gente, órfãos do teu poema.
Hoje discutimos nos celulares,
adoramos as redes sociais e somos (veja só) insociáveis no trânsito.
Vivemos no iPhone, no “whats”
no iPode...
ai que saudade
geme em silêncio a ruazinha solitária e sem vaga-lumes.
Te procuro mas não te acho na mapa da cidade,
mas te encontro no olhar nostálgico de quem ama.
Teu nome não consta na Academia Brasileira de Letras,
mas estarás para sempre no coração de todos nós, aprendizes de feiticeiro!
Enquanto no céu tu fumas e “prosea” docemente com o anjo torto de Drummond,
um poeta bêbado e sonhador grita na madrugada:
Quintana não morreu: empoemou-se!
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